sexta-feira, 15 de abril de 2011

Resultado 1ª Enquete!!! Cartão Postal de Campinas

Este foi o resultado da nossa primeira enquete.


Infelizmente tivemos poucos votos,
mas aguardamos sugestões para
a próxima enquete...

Lagoa do Taquaral / Parque Portugual




O local reúne uma grande variedade de opções, com espaços para recreação e cultura. A Lagoa Isaura Telles Alves de Lima, que além de pedalinhos, oferece para visitação uma réplica exata da Caravela Anunciação, nau que trouxe Pedro Alvares Cabral ao Brasil.



Não deixe de vistar e conferir as inumeras atrações!


Clique no Mapa para ampliar.

Legenda

01 - Administração
02 - Caravela
03 - Parada dos Bondes
04 - Área para Alongamento
05 - Sanitários
06 - Estacionamentos
07 - Ginática e Musculação
08 - Cantinho do Raciocínio
09 - Guarda Municipal
10 - Área para Pic-nic
11 - Pedalinhos
12 - Chafariz
13 - Concha Acústica
14 - Escoteiros
15 - Ginásio de Esportes
16 - Quadras de Tênis / Gate Bol
17 - Planetário
18 - Balneário
19 - Pista de Patinação
20 - Pista de Skate
21 - Viveiro dos Pássaros
22 - Play Ground
23 - Museu Dinâmico
24 - Biblioteca
25 - Centro de Valorização do Idoso
26 - Pista de Aeromodelismo
27 - Esplanada das Nações
28 - Campos de Futebol
29 - Quadras Poliesportivas
30 - Kartódromo

Informações retiradas do site: Campinas Virtual http://www.campinasvirtual.com.br/lazer.html

terça-feira, 5 de abril de 2011

Cap. 03 - Largo de Santa Cruz



O largo de Santa Cruz é a atual Praça XV de Novembro que se localiza no Bairro Cambuí, entre as Ruas Major Solon, Rua Santa Cruz e Rua Irmãos Bierremback, próxima ao inicio da Aveninda Júlio de Mesquita.


Localização da Praça XV de Novembro



A praça surgiu de um dos três campinhos que deram origem a Cidade de Campinas: Campinas Velha - atual Largo São Benedito, Largo do Carmo - atual Praça Bento Quirino e Largo de Santa Cruz - atual Praça XV de Novembro.

Mapa da Cidade



O Largo ficava próximo a dois córregos: o Tanquinho (ruas Barão de Jaguara e César Bierremback e Av. Anchieta) e Serafim (Mercadão e Av. Orozimbo Maia) e a Bica do Juca Aleijado. A ligação com o Largo do Carmo era através da Rua da Ponte (atual Major Solon) e com o bairro e pouso Campinas Velha pela Rua da Pinga (atual Rua Santa Cruz).
 
Largo de Santa Cruz


Vista áerea do Largo de Santa Cruz



Capela de Santa Cruz





A Capela de Santa Cruz é a mais antiga de Campinas, sede da primeira paróquia da cidade, não se tem a exatidão quanto a data de sua construção mas é considerada um dos prédios mais antigos da cidade. Constitui-se num raro exemplar de arquitetura urbana de transição do estilo colonial (taipa de pilão) para o neoclássico. Com a reforma na segunda metade do século XIX, as características arquitetônicas da fachada neoclássica ficaram marcadas no frontão.




Capela nos dias atuais.



A igreja deixou de sediar a primeira paróquia da cidade em 1781, porque a atual Basílica do Carmo assumiu esta posição na época. A Capela de Santa Cruz retomou a condição de paróquia em 1870.


Algumas curiosidades sobre o Largo de Santa Cruz



Pinga já deu nome à rua



A Rua Santa Cruz ao lado da capela, sediava a maioria dos botecos da região, responsável por intenso comércio de bebidas para viajantes, tropeiros e comboeiros de escravos, muitas festas noturnas eram realizadas ali, por isso foi apelidada de “Rua da Pinga”, sendo responsável pela má fama do local que ficou conhecido como um dos lugares “malditos” da cidade até o século XX.



Entre o bem e o mal 
Um acontecimento, em dezembro de 1834, fez com que a praça ficasse por um tempo conhecida como “Largo da Forca”. Um escravo com o nome Elesbão, foi enforcado e esquartejado, acusado de assassinar seu dono, o capitão Luiz José de Oliveira, que em 20 de maio de 1831, foi assassinado por escravos fugidos de sua fazenda, que viviam em um quilombo.
Para a execução, a forca foi erguida ali, porque o lugar era considerado ponto de saída da cidade. Elesbão foi enforcado e esquartejado após um cortejo pelas principais ruas da cidade, que saiu da Igreja do Carmo, passou pelo Largo do Rosário, e só depois para a Praça de Santa Cruz.
O corpo esquartejado ficou exposto ao público, pois as autoridades tinham intenção de mostrar para a população qual seria o castigo dos escravos que desobedecessem a seus donos.



Monumento aos Heróis da Laguna


Na Rua Major Sólon fica a homenagem de Campinas aos soldados que passaram por aqui antes de ir para a guerra, este monumento (uma pedra) que marca o lugar exato onde acamparam cerca de 1700 soldados, por volta de 1865.
Na época, Brasil, Argentina e Uruguai se uniram para combater o Paraguai, na guerra que ficou conhecida como Guerra da Tríplice Aliança. Quando o estado do Mato Grosso do Sul foi invadido pelos paraguaios, o governo brasileiro enviou o exército para expulsá-los.
A homenagem feita na praça chama os soldados de “Heróis de Laguna” por tudo que enfrentaram.

Rapidinhas:
 - As primeiras sementes de flamboyants (destaque da praça) foram trazidas da França para a cidade por João Bierrembach, um importante comerciante da época.
 - As primeiras indústrias de Campinas se instalaram na região do Largo da Santa Cruz.
 - Houve até uma época em que os blocos carnavalescos se formavam na então Rua da Pinga (atual Rua Santa Cruz).
- A primeira morte de um escravo em público aconteceu ali, enforcado, próximo onde fica o ponto de Táxi da Santa Cruz.




O Largo hoje... Praça XV de Novembro

Em 1889, com o advento da Proclamação da República, os vereadores sugeriram que o nome da praça mudasse para “Praça XV de Novembro”. A maioria da Câmara era composta por republicanos, e Campinas já era destaque por sua participação política.
A praça foi revitalizada em 2008, atualmente conta com um playground que está constantemente repleto de crianças, além de placas com informações históricas e fotos de época. A região é considerada nobre e possui toda infraestrutura necessária para as famílias que residem nas proximidades.
Dos prédios antigos restaram somente a Capela de Santa Cruz, tombada pelo seu valor histórico e uma única casa que está constantemente fechada.


As fotos abaixo foram tiradas no dia da nossa visita ao local.




   








Fontes:
“Conhecer Campinas numa perspectiva histórica”, Org. Ângelo Emíli da Silva Pessoa – Secretaria Municipal de Educação de Campinas – V 1
“Ruas da Época Imperial”, Edmo Goulart - Secretaria de Cultura de Campinas